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Calamidade ou Descaso? Prefeito de Riacho dos Cavalos expõe caos administrativo e financeiro: Auditorias, suspensões e denúncias sacodem a cidade

O decreto destaca a necessidade urgente de regularização administrativa e aponta possíveis prejuízos à ordem econômica, social e operacional do município. Segundo o novo prefeito, “a situação encontrada pela equipe de transição é preocupante e requer medidas firmes para garantir o funcionamento da máquina pública e o atendimento à população”.

Na sequência de um dos pleitos mais disputados da história de Riacho dos Cavalos, o novo prefeito Arthur Vieira, empossado em 1º de janeiro de 2025, tomou uma decisão impactante: decretar situação de calamidade pública administrativa e financeira. Essa medida, publicada no dia seguinte à posse, lança luz sobre a gestão anterior, conduzida por Eudes Vieira (conhecido como Eudim), que sofreu uma derrota eleitoral emblemática.

O decreto destaca a necessidade urgente de regularização administrativa e aponta possíveis prejuízos à ordem econômica, social e operacional do município. Segundo o novo prefeito, “a situação encontrada pela equipe de transição é preocupante e requer medidas firmes para garantir o funcionamento da máquina pública e o atendimento à população”.

A gestão de Eudes Vieira, que antecedeu Arthur, é citada de forma implícita no decreto como possível responsável por inconsistências administrativas e financeiras que agora precisam ser apuradas. Durante o mandato de Eudim, foram relatadas dificuldades em cumprir compromissos financeiros e manter a qualidade de serviços essenciais, como saúde e educação. Ademais, a falta de informações claras na transição gerou críticas tanto da população quanto dos aliados do novo governo.

Entre as principais determinações do decreto estão:

  1. Instauração de uma Comissão Especial: Uma equipe será formada para realizar um levantamento minucioso de informações administrativas, financeiras, contábeis, patrimoniais e operacionais da gestão anterior. Esse procedimento pode revelar um cenário de desorganização que, se comprovado, poderá ser alvo de investigações mais profundas.
  2. Prioridade às Medidas Emergenciais: O decreto prioriza ações imediatas para garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais, sugerindo que setores fundamentais, como saúde e educação, poderiam estar à beira do colapso.
  3. Comunicação a Órgãos de Controle Externo: As irregularidades já foram comunicadas ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, ao Ministério Público Estadual e a outros órgãos de fiscalização. Isso abre espaço para uma fiscalização externa e, possivelmente, ações judiciais futuras.
  4. Suspensão Temporária de Contratos e Obras: Um dos pontos mais polêmicos, a suspensão de contratos e convênios, além da paralisação de obras, pode gerar impactos imediatos no município, incluindo perda de empregos e atrasos em projetos que já estavam em andamento.

O decreto terá vigência inicial de 60 dias, mas poderá ser prorrogado ou encerrado conforme o diagnóstico da comissão especial. Essa indefinição deixa a população em alerta, enquanto o governo promete que todas as ações visam “preservar o interesse público e restabelecer a ordem administrativa e financeira”.

A Missão de Arthur Vieira

Apesar de herdar uma situação descrita como caótica, Arthur Vieira tem buscado amenizar a percepção de crise generalizada. O prefeito destacou que o decreto não é um ataque pessoal à gestão anterior, mas sim uma medida necessária para garantir transparência e responsabilidade fiscal. “Estamos aqui para trabalhar pelo futuro de Riacho dos Cavalos, e isso passa por corrigir os erros do passado sem revanchismos”, afirmou.

A população, por sua vez, acompanha com expectativa os próximos passos do governo. Enquanto muitos reconhecem a necessidade de ajustes, outros apontam para o risco de paralisação de serviços e projetos essenciais.

Fonte : FábioKamoto

Fabio Kamoto

Especialista em Marketing Político e Digital, Publicitário, Radialista, atua desde 2006 no jornalismo político. Passou pelas pelas Rádios Progresso e Jornal AM, Sousense FM, Líder FM e Mais FM.

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