BATENDO PINO: Ex-prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rêgo desabou e obras deixadas pela sua gestão também estão desmoronando; VEJA FOTOS.

O descaso da gestão passada não foi apenas sobre o rombo financeiro deixado. A população pôde constatar que houve descaso, também, com a vida humana.

A segurança dos usuários da Unidade de Saúde da Família Mãe Cristina, no bairro São Geraldo, foi colocada em cheque, deixando a comunidade surpresa com o perigo alarmado, até porque a USF passou por uma reforma e foi reinaugurada em 08 junho de 2020. Mas é preciso entender que para construir ou reformar é necessário cumprir regras, pois obras irregulares podem causar acidentes, colocando a vida das pessoas em risco. Obra irregular é a causa mais provável para desabamento. 

Se a população e a prefeitura não tivessem sido rápidos em constatar o problema, os blogs locais poderiam estar relatando algum grave acidente ou até morte, diante da situação técnica que foi encontrado o muro, repleto de rachaduras e com a possibilidade de desabamento. Por questões de segurança e preservação de vidas, a USF foi interditada e realizado um trabalho técnico da equipe da nova gestão, com o apoio da população para que não aconteça uma tragédia.

O mais estranho de tudo isso é a recente inauguração – (junho de 2020) – que coloca em questionamento se a obra de reforma feita, na época, passou por fiscalização e autorização dos órgãos competentes da gestão do menino obreiro. É importante lembrar que, mesmo após dar a licença, a Prefeitura precisa seguir fiscalizando as obras, além, claro, de constantemente sua equipe efetuar serviço de manutenção desses equipamentos públicos.

As hipóteses consideradas na investigação e relatadas em laudo técnico emitido pela atual gestão “Valorizando Nossa Gente”, encontramos relatos como: “Muro com mancha de umidade, onde havia o impacto da água pluvial”, “Guarda corpo já descolado do muro”, descrevendo de forma técnica que o material usado não era de boa qualidade, é de deixar qualquer um perplexo! E olhe que, durante 2020, com a chegada da pandemia, tivemos o fluxo de circulação de pessoas diminuído. Diga aí?!

No parecer técnico destaco um trecho que deixa claro a irresponsabilidade da falta de zelo pela vida da população, do ex-gestor PHD, de tanto que gostava de concretar a cidade. “Através da visita, observou-se que o muro está tombando. O desaprumo encontra-se em uma inclinação bastante crítica e, por se tratar de um muro construído com blocos cerâmicos, a ruptura é classificada como frágil. Ela ocorre sem grandes deformações ou avisos prévios. Entretanto, pode ser observado fissuras entre faces de piso e parede, que já causaram o deslocamento dos mesmos. Vale salientar que as causas do desaprumo são diversas, e são elas: deficiência estrutural, vícios construtivos, impacto das águas pluviais da cobertura. No entanto, a mais significativa é a deficiência estrutural, visto que, para os pilares do sistema estrutural do muro, utilizou-se treliças de aço, que não estão suportando as cargas advindas da arquitetura e cuja armadura é inferior à mínima recomendada pela norma da ABNT NBR 6118, que seria de 4 barras de 10mm, para pilares com seção transversal retangular”, relatou o engenheiro da SEPLAN, responsável pela vistoria do estado que se encontra o muro. CLIQUE AQUI E VEJA LAUDO – USF SÃO GERALDO

IMAGEM DA REFORMA – DIA 08 DE JUNHO DE 2020

IMAGEM ATUAL

Com a divulgação deste laudo, constatou tecnicamente o que a população vinha lentamente identificando os sinais, com a inclinação/deformação da construção, algo que é perceptível por quem frequenta o local. Com isso, outros questionamentos acabam surgindo diante do caso. Essa obra sofreu propositalmente a colocação de estrutura inferior à recomendada pela norma da ABNT NBR 6118, na qual nem suportou o peso que recebeu? Ou isso foi feito, ou a obra sequer passou por qualquer inspeção dos responsáveis pela gestão na época, e hoje essa armação já não dá sustentação à construção.

Vale ressaltar que algum erro foi cometido de fato, por ter prejudicado sua estrutura, além de trazer riscos para quem trabalha na construção, como também para quem for usar o espaço.  E deixo a pergunta: Qual era o valor da vida humana, para o Menino?