Doria descarta apoio à candidatura de Joice para prefeitura de São Paulo
Depois de visitar o presidente em exercício, Hamilton Mourão, o governador de São Paulo, João Doria, defendeu a necessidade de se praticar “política de bom nível” no país. Em meio à guerra interna do PSL, Doria foi questionado sobre a possibilidade de apoiar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) na disputa à Prefeitura de São Paulo. Para o governador, a ex-líder do governo Bolsonaro irá “engrandecer o debate” na corrida eleitoral.
“Eu procuro praticar política de bom nível. Não é a política do ódio nem a política separatista. É do bom entendimento. Você pode respeitar as pessoas. Mais do que nunca, o Brasil precisa estar unido, pacificado”, argumentou.
Embora se considere amigo pessoal de Joice, Doria disse que não irá apoiá-la porque o atual prefeito, Bruno Covas, também do PSDB, concorrerá à reeleição.O governador não quis entrar em detalhes sobre as disputas internas do PSL, que culminaram no rompimento de Joice com o presidente Jair Bolsonaro e na troca do líder do partido na Câmara, delegado Waldir, por Eduardo Bolsonaro.
Segundo Doria, a audiência com Mourão foi marcada para tratar de duas demandas do governo paulista: a construção da ponte de Santos a Guarujá, que necessita de autorização federal; e a desativação do Aeroporto Campo de Marte, que, para Doria, deve ficar restrito à operação de helicópteros.
Em rota de atrito com o presidente Bolsonaro, Doria relativizou o fato de tratar de pautas do governo com o vice-presidente, e garantiu que não quer passar imagem de “separatismo ou antagonismo”.
“Essa audiência foi marcada já tem algum tempo, o presidente Mourão teve o cuidado, inclusive, de informar sobre este encontro ao presidente Jair Bolsonaro, até para não haver nenhuma interpretação de que isso foi deliberadamente feito na ausência do presidente, para afrontá-lo ou colocar nisso qualquer tipo de bandeira”, justificou.