O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, fez um anúncio que promete agitar o cenário político do estado: nesta segunda-feira (24), ele revelou sua pré-candidatura a deputado federal. O anúncio, que já repercute por todo o estado, coloca Coutinho em um confronto direto em regiões sertanejas com o também pré-candidato Fábio Tyrone, que, ao lado de Coutinho, disputará a preferência do eleitorado nas regiões do sertão, incluindo cidades como Sousa e Cajazeiras. Ambos, que já foram aliados no passado, agora se posicionam como adversários políticos, representando lados opostos na política paraibana.
Ricardo Coutinho, que tem um vasto grupo de aliados por todo o estado, sabe que essa disputa será feroz, especialmente no sertão onde Tyrone tem uma base consolidada. O ex-governador, com um histórico de articulação e presença nas cidades do sertão, já deixou claro que estará em busca de votos nessas localidades, pressionando as bases eleitorais de Tyrone. A movimentação de Ricardo Coutinho, que envolve a promessa de fortalecer a reeleição de Lula e combater a extrema-direita, traz à tona um novo capítulo dessa polarização política que promete agitar as eleições de 2026.
Ricardo Coutinho enfatizou que sua pré-candidatura não se trata de uma disputa contra outros nomes, mas sim de uma luta dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), para combater o avanço da extrema-direita no Congresso Nacional. Segundo ele, com mais de 55 bilhões de emendas, o Congresso se distancia das discussões relevantes para o futuro do país, e é justamente esse cenário que ele deseja mudar ao entrar na corrida por uma vaga na Câmara Federal. A fala de Coutinho também destaca a importância de manter a aliança com Luiz Couto, atual deputado federal pelo PT, e de tentar eleger duas cadeiras para o partido em 2026.
Na repostagem feita em seu perfil no Instagram, Coutinho reafirmou que a sua pré-candidatura é uma “necessidade” para o momento atual, onde ele acredita que o PT deve ocupar mais espaços na política nacional e paraibana. Para o ex-governador, essa movimentação também será crucial para garantir a vitória de Lula nas próximas eleições e derrotar os setores mais conservadores e fisiológicos que têm se fortalecido no cenário político da Paraíba. Além disso, Coutinho deixou claro que, caso seja convencido, também está aberto à possibilidade de disputar um cargo na majoritária, mas com foco na reeleição de Lula.
Coutinho é uma figura de destaque na política paraibana, tendo sido prefeito de João Pessoa e governador do estado. No entanto, sua trajetória não foi isenta de controvérsias e derrotas. Em 2018, apesar de ter chances reais de vencer o Senado, optou por cumprir seu mandato de governador, o que resultou em sua decisão de apoiar a candidatura de João Azevêdo para a sucessão estadual. Azevêdo, apoiado por Coutinho, venceu no primeiro turno, mas desde então o ex-governador tem enfrentado desafios políticos, incluindo o desgaste com processos relacionados à Operação Calvário.
Outro revés recente na carreira de Coutinho foi sua tentativa de fortalecer sua presença nas eleições municipais de 2020. Na ocasião, seu nome foi colocado como candidato à Prefeitura de João Pessoa, com o apoio de Lula. No entanto, sua candidatura foi derrotada nas urnas, com Coutinho e Anísio Maia, do PT, ficando fora do segundo turno. A derrota para o candidato bolsonarista Marcelo Queiroga foi um duro golpe, principalmente após o apoio de Lula.
Agora, ao anunciar sua pré-candidatura, Ricardo Coutinho busca retomar a protagonismo e se colocar como uma alternativa forte na política federal. A disputa, sem dúvida, será acirrada, e a presença de Coutinho nas cidades do sertão, contra Fábio Tyrone, coloca ainda mais tensão no cenário político da Paraíba. Enquanto isso, ele segue se articulando para uma candidatura que promete mexer com as bases eleitorais e colocar à prova sua liderança política no estado.
Fonte: FábioKamoto com informações do ClickPB
