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Mais um motociclista morre no Brasil atingido por linha de cerol; Projeto de Nilda Gondim que proíbe uso tramita no Senado

Ele foi aprovado na Câmara em fevereiro de 2024 e enviado ao Senado, onde encontra-se desde 30 de outubro de 2024, aguardando designação de relator, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.

Um mototaxista de 38 anos morreu após ter o pescoço cortado por uma linha com cerol enquanto atravessava a Avenida Brasil, em Realengo, Zona Oeste do Rio, no domingo (16). Victor Hugo Silva estava trabalhando quando foi atingido pela linha.

Segundo o Corpo de Bombeiros, uma equipe foi acionada ao local, mas Victor Hugo já estava em óbito, com um corte profundo no pescoço. Os responsáveis pela linha não foram identificados até o momento, segundo a polícia.

Projeto de Nilda Gondim tramita no Senado

Mortes como a de Victor Hugo poderiam ser evitadas se um projeto de lei apresentado pela ex-deputada federal e ex-senadora Nilda Gondim (MDB-PB) já estivesse em vigor. Ele foi aprovado na Câmara em fevereiro de 2024 e enviado ao Senado, onde encontra-se desde 30 de outubro de 2024, aguardando designação de relator, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.

Usado para tornar a brincadeira de soltar pipa mais competitiva, o cerol se mostrou perigoso, ao longo do tempo. Feito a partir de uma mistura de pó de vidro e cola, ele é passado na linha da pipa, para torna-la cortante. A proposta de Nilda Gondim altera o Código Penal Brasileiro e torna crime a utilização de linhas cortantes com cerol ou assemelhadas, mesmo que seja para empinar pipas. A pena a ser aplicada dependerá da gravidade da lesão provocada na vítima.

Mortes e Ferimentos Graves

Para Nilda Gondim, o cerol é uma substância perigosa, que tem provocado ferimentos e mortes no país. Os motociclistas têm sido as principais vítimas. “O cerol é capaz de provocar lesões, mutilações ou pior ainda, causar a morte. Isso em decorrência de irresponsabilidades e negligências dos que usam tal meio como diversão”, disse a paraibana, ao justificar a proposta.

Para a ex-senadora, é “inaceitável” que a sociedade tenha conhecimento dos acidentes causados pelo uso da substância e não faça nada para modificar essa realidade. “Temos assistido aos noticiários de acidentes e casos envolvendo tais substâncias, os números de lesões, mutilações e mortes de vítimas e, mesmo assim, continuam afirmando se tratar de uma brincadeira saudável, sem haver preocupação com o risco iminente de acidente”.

Fabio Kamoto

Especialista em Marketing Político e Digital, Publicitário, Radialista, atua desde 2006 no jornalismo político. Passou pelas pelas Rádios Progresso e Jornal AM, Sousense FM, Líder FM e Mais FM.

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